quinta-feira, 31 de maio de 2012

Recuperação - Res.02/2012

Estudos de Recuperação – Orientações CGEB - 2012


De acordo com a Res. SE 02/2012, estão propostos dois momentos distintos para os estudos de recuperação, caracterizados como Recuperação Contínua e Recuperação Intensiva. Considerando-se a necessidade de atendimento à diversidade, a primeira deve acontecer de forma articulada à implementação do currículo, com retomada dos conteúdos ainda não assimilados, podendo o professor titular contar com o professor auxiliar para atender, mais diretamente, àqueles alunos com dificuldades, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio.

O professor titular, conhecedor de sua turma, deve elaborar seu plano de aulas, a partir dos diversos materiais disponíveis para o desenvolvimento do currículo, levando em conta as dificuldades e os avanços constatados em relação ao aproveitamento dos alunos. 

Com base no “diagnóstico das necessidades, expectativas e prioridades”, aqueles que contam com a figura do professor auxiliar devem estabelecer o diálogo e planejar atividades em conjunto, para que de forma diferenciada sejam abordados os temas que precisem de reforço. De acordo com a Res. SE 02/2012, os estudos de Recuperação Contínua devem ser promovidos, no decorrer de até três aulas semanais de apoio docente, em horário regular, com até três professores por classe, das três disciplinas apontadas em função de fragilidades verificadas em avaliações.

Assim, os estudos de recuperação são compreendidos como direito do aluno e elemento constitutivo da aprendizagem. Constituem um processo dinâmico que propicia a superação da ideia da recuperação como excepcionalidade e responsabilidade apenas de determinado professor. Toda a equipe escolar deve responsabilizar-se por criar condições para que o aluno em dificuldade melhore seu desempenho. É indiscutível a relevância da construção coletiva da proposta político pedagógica da escola, bem como do apoio das equipes escolares e da comunidade ao seu desenvolvimento, para que os estudos de recuperação sejam planejados e desenvolvidos com êxito.

Enfatizamos a necessidade do trabalho coletivo com reflexão contínua e sistemática para evitar o isolamento e a solidão do professor, da direção ou da coordenação em decisões, particularmente aquelas que dizem respeito aos estudos de recuperação. Devem ser incentivadas as ações que evidenciem práticas colaborativas, em um exercício constante de análise, identificação e estabelecimento de estratégias a serem utilizadas.

Tanto para o entrosamento entre o professor titular e o professor auxiliar,  quanto para facilitar o acesso a materiais, equipamentos e ambientes diferenciados disponíveis nas escolas (acervos, sala de vídeo, laboratório, sala de leitura, sala de informática, pátio, quadra), o papel do Professor Coordenador, bem como do grupo gestor, é sempre de extrema importância.

Já para a Recuperação Intensiva, destinada aos alunos do Ensino Fundamental, a orientação é para que sejam constituídas classes, em que deverão ser desenvolvidas “atividades de ensino diferenciadas e específicas”.

É importante que as equipes pedagógicas das Diretorias de Ensino conheçam as necessidades dos professores que atuam em turmas de Recuperação Intensiva, para orientá-los sobre os materiais de apoio e a elaboração de seus próprios planos de aula. É óbvia a necessidade de construir contextos de aprendizagem favoráveis à interação entre professor e alunos, em qualquer situação; mais ainda, em relação às turmas em estudos de recuperação. A utilização de metodologias diferenciadas deve prevalecer de modo que os alunos percebam o significado dos objetos de ensino e a partir daí construam os sentidos.

O trabalho pedagógico com oficinas e projetos pode ser estratégico para articular a construção de conhecimento às reais necessidades e interesses dos alunos, visto que o universo de informações se amplia, assim como permite que sejam criadas novas situações desafiadoras de aprendizagem. Os projetos também oferecem a oportunidade de agregar atividades diversificadas e abordar temas relevantes para o cotidiano dos cidadãos, de forma a contribuir para a formação dos alunos para atuarem com competência e autonomia, também, para além dos muros da escola. São meios de incluir no processo de aprendizagem aspectos que constituem a trajetória do conhecimento humano: os princípios científicos e tecnológicos que também alavancam a organização do trabalho e da produção no mundo contemporâneo.

A contextualização dos conteúdos disciplinares, contemplada nessa forma de trabalho, vem atender a uma demanda dos alunos, no que se refere às questões que o afligem no cotidiano, assim como facilita o entendimento da realidade que o cerca para desenvolver ações que evidenciem seu protagonismo. A conexão entre temas transversais e conceitos interdisciplinares traz desafios reais a serem investigados e analisados em busca de soluções. São condições essenciais para o desenvolvimento de competências para lidar com informações, pesquisas, propor resoluções de problemas e intervenções em práticas sociais, na convivência pautada pela solidariedade e pela ética.

Reforçamos a ideia de que a escola deve ser prioritariamente um espaço de inclusão, por isso deve garantir o acesso ao conhecimento e aos bens culturais, sem exclusão ou exceção, incentivando a participação e a expressão de todos nas diferentes esferas de atuação humana.

Em seguida, apresentamos uma série de referências e orientações para as equipes das escolas e das Diretorias de Ensino. São contribuições de apoio, mas sobretudo de incentivo às iniciativas que atendam às necessidades locais e regionais e encaminhem para as transformações esperadas.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Partindo-se do princípio de que a escola deve propiciar oportunidades para que os alunos ampliem o domínio das práticas culturais nas diferentes linguagens, para que atuem com desenvoltura e senso crítico nas mais variadas situações, indicamos, a seguir, alguns materiais de apoio ao currículo, que podem ser úteis para a elaboração do planejamento dos momentos de estudos de recuperação, como propostos na Resolução em vigor.

+ Língua Portuguesa – Ensinar e Aprender (três volumes) que contém sugestões para oficinas e projetos.

Ensinar e Aprender Arte, com projetos e situações de ensino e de aprendizagem em artes visuais, dança, música e teatro.

Mais ideias para aulas diferenciadas, na área, estão nas “Práticas Pedagógicas” disponibilizadas para os Projetos Descentralizados e acessíveis em www.rededosaber.sp.gov.br/cadprojetos - link: Consulta Práticas Pedagógicas 2012. 

As sequências de atividades sugeridas para as primeiras semanas de aula, também são interessantes para planos de aulas, que podem ser estimulantes para alunos em estudos de recuperação, das disciplinas de LCT. Acessíveis no portal da SEE: www.educacao.sp.gov.br/noticias/escolas-se-preparam-para-o-planejamento-anual-veja-orientacões-da-secretaria

O Caderno do Professor de Língua Portuguesa – Programa São Paulo Faz Escola, os Cadernos de Leitura e Produção de Textos (Ensino Fundamental) e de Literatura (Ensino Médio), bem como o livro didático que está nas escolas pelo PNLD/PNLEM.

Recomendamos, ainda, o acesso ao Portal do Professor (MEC) onde há inúmeros planos de aulas/oficinas/projetos que contemplam conteúdos previstos no currículo de Língua Portuguesa, Arte e Língua Estrangeira Moderna.

Há dicas pedagógicas e sugestões de atividades “Connect with English” em:


Há projetos didáticos para o ensino de inglês em:



Há planos de aulas para as disciplinas de LCT em:


Os filmes e documentários enviados às escolas pelo Programa Cultura é Currículo trazem roteiros de atividades e orientações para o desenvolvimento de projetos e oficinas, bastante interessantes para estudos de recuperação.

Há também os materiais de subsídio ao currículo de Arte: são CD, DVD, iconografia e livros paradidáticos já disponibilizados pela SEE.

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