terça-feira, 19 de abril de 2011

BLOG EDUCAVIDEOSP



Professores
 O BLOG EDUCAVIDEOSP fez a postagem de todas as palestras que o Núcleo de Vídeo editou esse ano. Agora, com apenas um clique, tudo está ao alcance de todos!
No endereço www.educavideosp.com.br estão em destaque o curso “ A arte da palavra em sala de aula : interação com o texto literário”. Está postado também as palestras do curso “ Fundamentos dos processos do Ensino Fundamental Ciclo II, realizado em  Águas de Lindóia, dezembro 2009.
No link do endereço anterior HTTP://educavideosp.wordpress.com/2010/6/22/o-curriculo-e-as-atividades-docentes-nas-aulas-de-lingua-portuguesa/ estão as palestras do curso “ O currículo e as atividades docentes nas aulas de Língua Portuguesa ( março 2010).
( Núcleo de Vídeo – FDE )

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atenção Professores de Língua Portuguesa!

Professores de Língua Portuguesa
No endereço http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf/  podemos encontrar várias seções de interesse daqueles que estão envolvidos com o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita. Para aqueles que ainda não conhecem a Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro, aqui vai uma sugestão ,cadastrem-se e visitem o sítio com frequência, pois  há sempre novidades. Mais um lembrete: a Olimpíada de Língua Portuguesa vem aí e 2011 é ano de formação. Vamos ficar atentos!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Apoio ao Saber e leituras do Professor



Projetos Apoio ao Saber e Leituras do Professor
A iniciativa faz parte dos projetos Apoio ao Saber e Leituras do Professor e conta com investimento de R$ 71,8 milhões .Docentes e estudantes da rede estadual levarão para casa um kit contendo três livros, sendo um do gênero poesia, um de teatro e uma narrativa
          Alunos e professores da rede pública estadual ganharão novos livros dos projetos Apoio ao Saber e Leituras do Professor neste ano. A Secretaria de Estado da Educação investiu R$ 71,8 milhões na aquisição de 12,2 milhões de exemplares. Pelo volume adquirido, a Pasta obteve um desconto médio de 80% em relação ao preço de mercado das obras, avaliadas em cerca de R$ 460 milhões. Destinado aos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio, o Apoio Saber beneficiará cerca 3,7 milhões de estudantes, que receberão, cada um, um kit contendo três livros, sendo um do gênero poesia, um de teatro e uma narrativa. Já o projeto Leituras do Professor é voltado a todos os docentes que atuam na rede estadual, que também serão beneficiados com um kit cada um. 
         “O objetivo é que professores, alunos e também seus familiares tenham acesso a obras literárias de qualidade, a fim de promover a valorização da leitura e o enriquecimento cultural”, afirma o secretário de Estado da Educação, professor Herman Voorwald.
A nova aquisição para ambos os projetos conta com um total de 51 novos títulos, dos quais 21 especificamente para o Apoio ao Saber, dentre eles “De Repente, nas Profundezas do Bosque” (Amós Oz), “O Médico e o Monstro” (Robert Louis Balfour Stevenson), “Poemas Antológicos de Solano Trindade, O Poço do Visconde” (Monteiro Lobato) e “Madame Bovary” (Gustave Flaubert). Os outros 30 compõem os kits do Leituras do Professores. São títulos como “A Importância do Ato de Ler” (Paulo Freire), “Apresentação da Poesia Brasileira” (Antologia de Manuel Bandeira), “Doze Contos Peregrinos” (Gabriel García Márquez), “Memorial do Convento” (José Saramago) e “A Metamorfose” (Franz Kafka), entre outros.
Dos 12,2 milhões de exemplares, 6,1 milhões serão distribuídos aos alunos do Ensino Fundamental, 5,2 milhões aos do Ensino Médio e 911 mil a professores. A previsão é que os livros comecem a ser distribuídos a partir de junho.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - 2010

                            O que dizem os Artigos de Opinião semifinalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa  Escrevendo o Futuro 2010

Uma análise geral dos textos desta edição da Olimpíada revela que os estudantes se apropriaram das características do gênero Artigo de opinião. Veja quais foram os principais pontos abordados, os êxitos e as dificuldades dos estudantes.
Ana Luiza Marcondes Garcia

Cento e vinte e cinco artigos de opinião escritos por estudantes brasileiros do ensi­no médio chegaram à condição de semifina­listas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, edição 2010, programa promovido nacionalmente pelo Ministério da Educação (MEC). O que essa amostra pode nos revelar? Como são esses textos? E, fundamentalmente, que aspectos poderiam ser aperfeiçoados para que um texto viesse a ser finalista?
A seleção de textos no nível estadual é apenas uma das etapas de um longo processo que teve como um de seus pontos de partida a decisão de se tomar os gêneros do discurso como objeto de ensino-aprendizagem. Inspi­rado nas reflexões do teórico da linguagem Mikhail Bakhtin (1895-1975) e nas propostas da Escola de Genebra - em particular, na refle­xão de Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz-, todo trabalho desenvolveu-se embasado no pressuposto de que as diversas esferas da atividade humana estão necessariamente relacionadas a determinados usos que faze­mos da linguagem. Cada uma das inúmeras esferas em que vivemos e nas quais circula­mos - cotidiana, profissional, escolar, política etc. - desenvolve usos próprios da linguagem na forma de gêneros discursivos.
Antes de produzir o texto para a Olimpíada, os estudantes, orientados por seus profes­sores, participaram de diversas oficinas, na forma de sequências didáticas, para escrever este gênero discursivo: o artigo de opinião. Cabe, portanto, em primeiro lugar, relembrar as características principais desse gênero, antes de olharmos para os textos semifinalistas.
Para tanto, vamos retomar sinteticamente o que já está posto tanto nas oficinas do cader­no Pontos de Vista, que orientou o trabalho dos professores, como no CD-ROM que dis­ponibilizou um curso interativo para que os avaliadores realizassem as primeiras análi­ses dos textos.
O gênero artigo de opinião
Artigo de opinião é um gênero de texto es­crito em que se toma posição acerca de uma questão polêmica de interesse público. Uma questão polêmica é aquela que decorre de um assunto que gera discussões, sobre o qual as pessoas podem ter opiniões distintas. São questões que afetam, direta ou indiretamen­te, a vida de todos, por isso dizemos que elas são de interesse público ou têm relevância social. Daí a necessidade de debatê-las em profundidade como forma de participar da vida pública de uma comunidade, exercendo o papel de cidadão.
Os artigos de opinião nasceram e subsis­tem na imprensa escrita, que tem por objetivo não só informar os leitores por meio de notí­cias, mas também colaborar para análise e discussão da realidade.
Para escrever um artigo de opinião é preci­so tomar partido explicitamente em relação a uma questão polêmica. Para tanto é neces­sário formulá-la claramente; tomar conheci­mento do que já foi dito sobre o assunto; inserir a questão na história e no contexto do debate; incorporar a posição de outras pes­soas (seja para concordar, seja para discor­dar); e, fundamentalmente, argumentar, ou seja, justificar a própria opinião com fatos, dados, exemplos, evidências, princípios, com­parações, opiniões de especialistas etc.
O artigo de opinião pode tratar de temas que digam respeito a outros cidadãos que não o seu próprio autor; pode partir de fatos que ocorrerem na comunidade e até mesmo de vivências pessoais, mas o autor deve articular o que é local ao geral, demonstrar que o tema é de interesse público.
Questões polêmicas geralmente demandam soluções não consensuais, e para que fiquem claras devem ser formuladas de maneira que seja possível responder a elas com um "sim" ou um "não", assumindo-se uma posição "contra" ou "a favor".
Para apresentar o tema, o autor não pode supor que o leitor já esteja a par do debate; pelo contrário, deve inserir o leitor na história e no contexto da discussão; deve dados históricos que fazem diferença para se entender a questão, atualizar o leitor com informações indispensáveis para acompanhar o debate.
No desenvolvimento do texto, o autor assume uma posição diante da polêmica, explicitando a sua opinião; ao final da leitura, deve ser possível identificar a posição do autor em relação ao tema. Mas não basta dar opinião, é preciso sustentá-la com argumentos. O autor deve apresentar fa­tos (os dados) que funcionam como ponto de partida para conduzir a uma conclusão (a tese), usando, para isso, justificativas (os argumentos) que sustentam sua ideia. Ainda que alguns desses elementos possam estar implíci­tos, deve ser possível recuperá-los pelo raciocínio, já que esses três elementos compõem o núcleo da argumentação.
Para convencer o leitor, o autor deve mobilizar informações pertinentes e diversificadas. O texto será mais ' convincente se o autor eleger e usar variadamente entre seis possíveis tipos de argumento (de autoridade, por princípio, por causa/consequência, por evidência, por exempli­ficação e por comparação).

Ele também não pode ignorar posições contrárias à sua, pois isso mostrará não só que não está a par do debate como perderá a oportunidade de refutar posições contrárias às suas para provar que são inadequadas e descartá-las. Assim, é importante trazer a voz de diferentes pessoas ou instituições, seja para refutá-las, seja para reforçar sua posição. Há mais chances de convencer o leitor se este perceber que há quem concorde com o autor. A re­futação de pontos de vista contrários é importante para mostrar que os argumentos dos opositores já foram considerados e ainda assim não se sustentaram. Apesar disso, o autor não deve adotar um tom excessivamente impositivo, sem dialogar com outras posições, sem negociar com opositores ou atenuar suas afirmações; a estratégia-chave é negociação, e não imposição.
Para concluir o texto, o autor estabelece uma articulação lógica entre as ideias apresentadas anteriormente e a conclusão a que conduz o leitor - esse é o momento de completar o cami­nho lógico que veio sendo preparado desde a introdução. Nesse caminho, é importante utilizar os conectivos e expressões que introduzem argumentos ("pois", "porque", "uma vez que" etc.) e conclusões ("portanto", "logo", "então", "assim" etc.).
Também no final é o momento de articular o local ao geral, caso isso não tenha sido feito. Se as discussões focalizaram predominantemente um problema local, esse é o momento de mostrar por que o tema é de interesse público.
É nessas condições que o artigo de opi­nião pode ser eficaz em convencer o leitor, influenciá-lo ou conclamá-lo à ação. Ao final da leitura do artigo de opinião, o leitor deve ficar com a impressão de que o autor não deixa de ter razão, mesmo que não concorde total­mente com ele.
Os artigos de opinião semifinalistas
Consideradas tais características, o que se pode dizer dos 125 artigos de opinião se­mifinalistas? Olhando, inicialmente, para a totalidade da amostra, o que fica evidente é que não deve ter sido tarefa fácil escolher os finalistas, pois os textos têm qualidade. Se os compararmos aos artigos de opinião da Olimpíada de 2008, salta aos olhos que desta vez há textos mais fiéis ao gênero, mais bem estruturados, mais bem fundamentados, mais assentados em informações que demanda­ram pesquisa. Em uma palavra, mais convin­centes. Certamente isso se deve à qualidade das oficinas preparatórias, mas principalmen­te ao empenho e competência dos professo­res e dos estudantes.
Ainda no plano das observações gerais, é curioso notar que, provavelmente, a busca de um rigor formal para a elaboração do texto pode ao mesmo tempo ter produzido certa ho­mogeneidade na amostra. Há muitos textos que se assemelham, seja na condução argu­mentativa, seja na escolha do tema. Esse fenô­meno se manifesta, por exemplo, na presença relativamente escassa do que se chamou, nas oficinas, de "recursos autorais": a utilização de procedimentos discursivos que marcam a voz do autor e procuram prender a atenção do leitor. Vale registrar que é mais ou menos co­mum encontrar textos rigorosamente corretos, mas nem sempre instigantes. Isso não signifi­ca que não haja artigos de opinião envolventes (há vários!), mas sim que, entre os 125, muitos não chegaram à reta final por essa razão.
A que se pode atribuir tal fato? Parece-me que a complexidade da tarefa seja um dos motivos. Se considerarmos os outros gêne­ros discursivos da Olimpíada 2010 - Poema, Memórias literárias e Crônica -, é possível di­zer que o Artigo de opinião, comparado aos demais, tem natureza menos subjetiva, ele não "fala de si", mas do que é público. É tam­bém o que menos aceita incursões literárias ou tiradas estilísticas. Convenhamos, então, que encontrar um equilíbrio entre abordar questões de relevância social, sem deixar que as reflexões passem para o plano pes­soal, e, ao mesmo tempo, imprimir marcas próprias ao texto não é tarefa trivial.
E sobre o que falam os artigos de opi­nião? Que temas são mais recorrentes? No que diz respeito ao tema, sem sombra de dú­vida predomina o meio ambiente. Pode-se dizer que a polêmica preferida foi "preserva­ção do ambiente ou qualidade de vida versus desenvolvimento". Generalizando, o título que resumiria uma grande massa de artigos de opinião da amostra seria algo como "O preço do progresso", conduzindo, na grande maioria dos casos, para a posição de que não vale a pena pagá-lo.
Duas suposições podem ser feitas a esse respeito. A primeira considera a escolha dos próprios estudantes. Como se sabe, a ques­tão ambiental está na pauta das grandes dis­cussões nacionais e internacionais e, certa­mente, dos nossos currículos, o que pode ter definido a preferência. Pode-se ainda aven­tar a possibilidade de que os textos sejam um reflexo do atual momento brasileiro de expansão de grandes obras, instalação de in­dústrias, mecanização da produção, urbani­zação acelerada etc. e a percepção local de como isso tudo impacta o dia a dia da popu­lação. É verdadeiramente significativo o nú­mero de textos que focaliza esse aspecto.
Outra suposição seria a de que os profes­sores e os avaliadores tenham, de alguma for­ma, determinado parcialmente essa escolha, na tentativa de repetir um tema que foi ven­cedor na Olimpíada de 2008. Não devemos nos esquecer de que esses 125 semifinalistas pas­saram por três crivos: o da seleção na escola, no município e no Estado. Assim, nada garan­te que as avaliações não tenham privilegiado temas que, na visão dos professores e analis­tas, teriam mais chances de se tornarem ven­cedores - o que não é fato.
Olhando agora para aspectos que não di­zem respeito à totalidade da amostra, mas são recorrentes, é possível dizer que vários textos não chegaram à final por dois motivos: ou por­que buscaram mais denunciar uma situação do que polemizar ou porque não chegaram a expli­citar claramente a polêmica de fundo.
Vejamos um exemplo genérico do primeiro caso. O estudante inicia o texto fornecendo dados históricos sobre uma pequena e pacata cidade, enfati­zando a simplicidade da vida local, a tranquilidade dos mora­dores, e introduz um elemento inédito: a implantação de uma nova lei de trânsito, ou a exigência recente da prefeitura local, o início de uma obra de grande porte na região ou ainda o surgimento de uma prática que "virou moda" na cidade. Com base nisso, o autor enumera os prejuízos, incômodos, problemas, infor­túnios ou conflitos decorrentes da nova situação. Em duas ou três linhas, chega até a apontar um outro lado da questão ou trazer uma voz discordante, mas de maneira muito vaga e genérica, sem considerar outras causas, aprofundar os contra-argumentos e refutá-los devidamente. O texto assume um tom de denúncia, ge­ralmente caracterizada de forma simplista como uma luta entre "o bem e o mal". A lição que se tira daqui é a de que não basta identificar e descrever um problema para instalar uma polêmica.
No segundo caso, o autor focaliza um tema potencialmente controverso, mas não recorta a polêmica dentro do tema com precisão. É o que ocorre em textos que tratam, por exemplo, de assuntos mais amplos, como as políticas públicas educacionais i ou agrícolas para determinada região, sem dirigir o debate para f um aspecto específico. Há uma certa impressão de generalidade  que não se desfaz durante a leitura. É possível até perceber, ao final, que o autor escreveu o texto com uma questão controversa em mente, mas em nenhum momento chegou a formular clara­mente a polêmica, por exemplo, na forma de uma pergunta retórica que pudesse ser respondida com um "sim" ou com um "não", deixando, na verdade, essa tarefa para o leitor. O efeito é o de um artigo de opinião que não se sabe exatamente a que veio um texto que divaga, que leva o leitor a ficar esperando um ajuste de foco. Se tivesse sido possível definir o debate mais precisamente nos primeiros parágrafos, ou mesmo no título, essa impressão não emergiria.
Seja como for, em ambos os casos o autor não deixa de posicionar-se, dar a sua opinião, aliás, esse é um traço que pode ser observado em praticamente lodos os textos da amostra: sempre há uma opinião, um posicionamento explícito, enunciado por meio de recursos discursivos adequados, como "penso que", "na minha opinião", "quero deixar claro que" etc. Também é verdade que em alguns casos há exageros, excesso de autoafirmação ou enunciados desne­cessariamente fortes, fenômeno que talvez possa ser atribuído ao fato de que os autores estejam em plena adolescência. O mesmo motivo provavelmente também explica por que são relativamente mais raros, na amostra, textos que negociam com os opositores, aceitando em parte uma opinião contrária.
Vejamos agora o que se pode observar em relação aos re­cursos argumentativos empregados nos textos. A primeira questão é que em todos há argumentação: dados que conduzem a uma tese sustentando-se em argumentos. Nem sempre o movimento argumentativo é conduzido de maneira exemplar, mas está lá. O que distingue determinados textos é que há auto­res que souberam eleger e variar os tipos de argumento empre­gados de acordo com a situação. O mais utilizado é o argumen­to por causa e consequência: "como x, então y". Também os argumentos por exemplificação aparecem bastante, assim como os por evidência. Mais raros são os de autoridade (que dependem de pesquisa e domínio do tema), por comparação (que também demandam a busca de casos si­milares) e por princípio (assentados em leis, regras e preceitos gerais).
O emprego de argumentos variados no arti­go de opinião, assim como a escolha do tipo de argumento mais adequado às diferentes situações, certamente foi proporcional à possibilidade que o estudante teve de praticar, mais ou menos vezes, o jogo da argumenta­ção Questões Polêmicas do Brasil, material que fez parte das oficinas de preparação. O jogo não só proporciona maior familiaridade com os diferentes tipos de argumento como obriga o jogador a realizar um exercício, defi­nido pela sorte, que é, em algumas jogadas, defender uma ideia com a qual não concorda, por meio de argumentos. Isso o leva a "colo­car-se na pele de um outro", favorece a alte­ridade, reforça a convivência com o diferen­te, além de levá-lo também a reavaliar a pró­pria opinião, para alterá-la, ou reforçá-la, ou seja, a utilização mais intensa do jogo da ar­gumentação também deve ter garantido que o artigo de opinião produzido não apresen­tasse um problema já apontado em alguns textos: a falta de aprofundamento na apre­sentação de vozes discordantes e de posi­ções contrárias.
Outra questão que caracteriza alguns textos da amostra diz respeito à capacidade que o autor demonstrou em articular o local ao geral. Para pensá-la é importante lembrar que o tema da Olimpíada 2010 foi "O lugar onde vivo". Claro está que tal tema é bastan­te amplo, já que tanto o bairro onde se vive quanto o país em que se está é "o lugar onde vivo". Mas as oficinas orientaram os profes­sores no sentido de que o texto a ser produ­zido se reportasse a algum aspecto da reali­dade local. Um dos objetivos dessa opção foi levar o estudante a lançar um olhar reflexivo para sua cidade ou região, para retratá-la no texto. Por outro lado, como vimos, é próprio do gênero discursivo Artigo de opinião tratar de temas de interesse público, de relevância social. Por essa razão, as oficinas aponta­vam para a necessidade de o texto realizar uma articulação entre os aspectos locais e as questões de natureza mais geral, nacional e até mesmo internacional. O que se quis evitar com essa recomendação? Que os artigos de opinião produzidos se fechassem sobre si mesmos, ficassem reduzidos a um plano ex­cessivamente particular.
Mas nem todos os textos da amostra obti­veram sucesso nessa articulação. A leitura de alguns deles - principalmente daqueles mais voltados para a denúncia de uma situa­ção local- mostra que o autor fixou-se apenas em uma situação, sem estender a validade de suas reflexões para aspectos mais gerais, sem mostrar como o fato focalizado é, na ver­dade, a expressão de um fenômeno social mais amplo.
Bem mais raros foram os textos que apre­sentaram proposta inversa: trataram de um problema mais amplo - por exemplo, educa­ção, poluição, reciclagem de lixo - sem tra­zer a discussão para o aspecto local, seja pela utilização de um exemplo da região, seja para tomar uma situação ocorrida na ci­dade como ponto de partida das reflexões.
Também com menor recorrência na amos­tra, mas ainda assim com alguma regularida­de, há textos cujos autores demonstraram não ter a sensibilidade adequada para equili­brar o espaço dedicado à exposição de dados, números, relatos históricos, detalhamento de informações oficiais e desenvolvimento da argumentação propriamente dita. É como se os escritos não tivessem timing, que, segundo o Dicionário eletrônico Houaiss (2009), signifi­ca "senso de oportunidade quanto à duração de um processo". O texto demora para entrar no que interessa ou alonga-se demasiada­mente em algum ponto. Vê-se que o autor rea­lizou uma boa pesquisa, muniu-se de dados e informações, mas não soube eleger o que era relevante. O resultado é um texto pouco insti­gante, que se "arrasta".
Esse fenômeno remete a outro, que geral­mente ocorre nos textos sem timing, mas não só: artigos de opinião demasiadamen­te longos, que deveriam ter sido reduzidos. O espaço a ser usado era rigorosamente a frente e o verso de uma folha, mas alguns autores recorreram a uma letra bastante "es­premida", para caber mais - tão espremida, que ficou difícil de ler, atrapalhando a recep­ção do texto.
Mas isso deve ser visto como um proble­ma? Sim, na medida em que, se foi preciso espremer a letra para caber, o texto ainda ca­rece de revisão, precisaria ser relido, cortado ou "limado", como dizem os profissionais da escrita. Afi­nal, a concisão é uma virtude a ser buscada na escrita. De fato, passando em revista bons textos da amostra, nota-se que eles têm, em média, uma página e meia. Não se trata apenas de tamanho ou extensão, mas de precisão no uso das palavras, o que produz um efeito de sentido decisivo: o texto parece "redondo", como dizem os jornalistas - nada a tirar, nada a acrescentar.
Outro aspecto que merece algumas observações é a escolha de palavras. Nos bons textos nota-se que o autor não usou sempre a primeira palavra que lhe veio à mente, mas buscou aquela que cabia na situação. Isso não significa visar o re­buscamento, nem a sofisticação; pelo contrário, simplicidade e clareza devem ser as metas. A escolha lexical expressa tam­bém a utilização de recursos autorais: a seleção de um termo que surpreenda o leitor, o uso de uma metáfora para explicar-se, a introdução de aspas em uma palavra para marcar uma ironia etc. Adjetivos e advérbios mais bem escolhidos teriam evita­do, na amostra, algumas afirmações exageradas ou excessi­vamente fortes que apontamos acima.
Finalmente, o título do artigo de opinião: peça importantís­sima na engrenagem do texto, a ser feito e refeito antes, no meio e depois da escrita do artigo. Na amostra, há títulos exem­plares: adiantam a polêmica, sem "matar" a discussão logo de início, instigam a leitura; mostram-se originais, evidenciando recurso autoral, seja pelo uso preciso da pontuação, seja por recorrerem ao humor; há até mesmo os que fazem refe­rências literárias. Alguns títulos da amostra poderiam ter evitado clichê, obscuridade e falta de concisão.
Uma última observação: as convenções da escrita foram bem observadas. Em geral, os textos estão cor­retos. Os problemas mais recorrentes são, de longe, crase e pontuação; os menos recorrentes: ortografia, acentuação e concordância; ainda assim, estão lá.
Para terminar, cabe lembrar que os problemas fo­calizados não co-ocorrem nos mesmos textos, e as observações realizadas são fruto de uma análise mais global da amostra, e não de um procedimento sistemático de análise estatística.

Ana Luiza Marcondes Garcia é professora titular do Departamento de Linguística da PUC-SP, atua na área de formação de professores e de produção de material didático de língua portuguesa. "

Referências Bibliográficas

BAKTHIN, M. (1953). Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. DOLZ, J. e SCHNEUWL Y, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Merca­do das Letras, 2004.
HOUAISS, A. e outros. Dicionário Houaiss eletrônico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
MEC{CENPEC. Pontos de vista - Caderno do professor. São Paulo: Cenpec, 2010. (Coleção da Olimpíada). -. QP Brasil: O jogo da argumentação. São Paulo: Cenpec, 2010.
RANGEL, E. O. O processo avaliatório e a elaboração de "protocolos de avaliação".
Brasília: Semtec{MEC, 2004.
RIEKE, R. e SILLARS, M. O. Argumentation and the decision making processo Illinois:
Scott, Foresman and Company, 1975.
TOULMIN, S. (1958). Os usos do argumento. São Paulo: Martins Fontes, 2001. (Ferramentas).

( Matéria extraída da  revista Na Ponta do Lápis. p. 15 a 19 -  Ano VI – nº 15 – dezembro 2010)



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Trabalho com a Leitura

 "A leitura deve ter por fim dar ao espírito uma direção que lhe permita proferir juízos sólidos e verdadeiros sobre tudo o que se lhe apresente". ( Descartes)

O TRABALHO COM A LEITURA
A perspectiva deste trabalho parte de dois pressupostos:  um que se refere à leitura como uma prática social e suas relações com o ensinar e aprender na escola e o outro diz respeito ao papel  da leitura na formação do aluno. Uma prática de leitura intencional, cotidiana, vivenciada por alunos e professores, alicerça-se numa concepção de que ler é inserir-se numa comunidade de leitores, mas para isso é necessário tanto decodificar – pois decifrar o escrito é poder ler com autonomia – quanto identificar,  interpretar e construir significados.
Assim, esta proposta de trabalho está centrada em dois movimentos simultâneos e independentes: o primeiro se relaciona ao para quê e como ler e o segundo, ao que ler.
Quanto ao “para que e como ler”, é importante instituir, na escola, um clima de leitura com todos os componentes curriculares que considere a necessidade de haver procedimentos em função do objetivo que se tem em determinados momentos do trabalho pedagógico:
- ler para encontrar uma determinada informação;
- ler para memorizar algo;
- ler para ter “ modelos textuais”;
- ler para posicionar-se;
- ler para escrever.
Assim, é desejável construir uma prática de leitura compartilhada em que o professor, oriente o processo de leitura do aluno, aprofundando os fundamentos de sua área curricular.
Quanto  ao “o que ler”, é fundamental haver uma relação de textos que garanta tanto a multiplicidade textual quanto a qualidade do material, ainda que saibamos que ter um acervo bom e diversificado é indispensável, mas não suficiente para modificar a situação de não – leitor de grande parte dos alunos.
As atividades programadas devem ter os seguintes objetivos:
- contribuir para a proposta pedagógica da escola;
-fazer da leitura o princípio articulador do trabalho pedagógico;
-relacionar os componentes curriculares a um trabalho multidisciplinar.
O foco principal do trabalho é (re) construir a história de leitor do aluno, através do uso de livros ficcionais e não ficcionais, em articulação com outros materiais de leitura ou materiais pedagógicos. Os princípios que devem reger as atividades programadas entendem que a linguagem é multidisciplinar por natureza, por isto, a escola se constitui em uma comunidade de leitores e todo professor é professor de leitura e escrita. As propostas de trabalho com os livros partem de uma concepção ampliada de leitura, em direção a uma prática orientada e compartilhada em que o professor como leitor/mediador e ciente de que ler é uma atividade “invisível”, com poucas manifestações exteriores, leve em conta as:

- estratégias cognitivas: através das quais, o leitor realiza operações automatizadas, inconscientes e que se baseiam no seu conhecimento lingüístico, ou seja, o leitor apóia-se no que conhece da língua em que o texto está escrito; na gramática interna que todo usuário da língua possui, independentemente da escolarização ou grau de letramento; no vocabulário ou reconhecimento instantâneo das palavras do texto. Estas operações possibilitam assim a decodificação das palavras e também o reconhecimento gráfico do texto, ainda que o leitor não consiga descrever como ele faz isso. ( KLEIMAN,Angela. Oficina de leitura.Campinas: Pontes,1993, p.50).
-estratégias metacognitivas: sujeitas ao nosso controle consciente, através das quais somos capazes de dizer e explicar nossa ação no ato de ler. ( KLEIMAN,Angela.Oficina de leitura.Campinas: Pontes,1993, p.50).

   confortogostoso...
                                                                                                                                                                      
                                                                                           
Desenvolvimento das Estratégias de Leitura

O professor deve possibilitar o desenvolvimento de estratégias de leitura para que o aluno possa, aos pouco, tornar as operações cognitivas e metacognitivas conscientes. São elas:
A- Hipóteses e Antecipações:  o professor propicia a elaboração de hipóteses e antecipações a partir do levantamento dos conhecimentos prévios do leitor sobre o mundo e a linguagem: o assunto, o portador de texto, o autor, as estruturas textuais (gênero), a intencionalidade e a finalidade do texto. Para isso, pode-se ler o texto com os alunos e não para eles, monitorando o processo de leitura num verdadeiro exercício de “modelar estratégias”,levantando questões, tais como:
- “ A partir do título do que será que vai tratar este texto?” “ Onde está escrito este texto?” Sabemos que, pelo título, explica-se o tema e pelo portador de texto fazemos a relação entre texto e contexto.
- “Quem é o autor? ”  “Sobre o que ele escreve?” “O que você já leu dele?” É a relação entre o texto e o contexto mais o levantamento do repertório textual do leitor que entram para a leitura também.
-“Quem conhece este tipo de texto?” “Como ele é graficamente?” Hoje estão disponíveis pesquisas recentes que mostram que desde cedo as crianças já reconhecem as diferenças textuais e gráficas/diagramação, ainda que não leiam, decifrando palavras.
- “Para que será que este texto foi escrito?” Saber a finalidade do texto contribui para sua compreensão, por exemplo, o texto publicitário tem a finalidade primordial de vender algo ou alguma idéia, daí seus “atrativos” visuais e/ou sonoros, para realçar as qualidades do produto veiculado.
B- Construção de unidades de significação: a leitura deve ser entendida como busca de unidades de significação mais amplas ou o estabelecimento de uma rede de relações entre as proposições do texto. Inclui-se, nesta estratégia de leitura, as questões de coerência textual e progressão temática: O tema iniciado no texto é mantido ao longo do texto? Há relações entre as estruturas mais amplas do texto, para além das unidades de significado/vocabulário?
C- Seleção de índices importantes para a compreensão:
Fazer predições, antecipar, formular hipóteses para selecionar as palavras ou idéias chave. Inclui-se aqui os elementos coesivos que auxiliam o leitor a localizar um verdadeiro “roteiro” das relações estabelecidas pela coesão do texto. Aos poucos, o professor e o aluno elaboram um verdadeiro “mapa” do texto que está sendo lido.
D- Inferência: A partir de algumas pistas dadas, num verdadeiro “jogo de adivinhação”, deve-se buscar os significados, lendo o que está escrito no texto. Um bom exemplo de inferência é quando lemos uma piada, pois rimos exatamente porque entendemos o que não está dito explicitamente – piada explicada não tem graça. Um outro  exemplo de inferência é relativo ao léxico, através do qual estabelecemos significados aproximados de palavras usadas que desconhecemos, mas podemos “adivinhar” seus significados pelo contexto do próprio texto e, num segundo momento, consultar o dicionário para reforçar ou negar essa inferência, quando um significado mais exato se mostrar essencial à compreensão.
E- Avaliação,Verificação e Reformulação: durante todo o processo de ler, vamos realizando críticas totais ou parciais, reconstruindo o texto lido inclusive, parafraseando-o, ou seja,redizendo-o com nossas palavras.
F- Construção do Sentido: é o momento de articular todas as reflexões feitas sobre o texto, incluindo a intencionalidade do autor, o reconhecimento das estruturas textuais e do portador de texto.Saliente-se que o processo de leitura não segue uma ordem rígida e linear, em que cada passo depende do anterior, mas é um movimento simultâneo de relações. Daí a ênfase no professor como realizador das interferências junto aos alunos, num verdadeiro trabalho de “ensinar a ler”, de “ter aula de leitura”. O processo é elíptico, como estabelecimento de conexões entre os vários componentes do texto e o leitor. Assim, é fundamental que o professor tenha claro as habilidades de leitura como norteadoras do seu trabalho de formar leitores.
Habilidades de leitura
- localizar informações explícitas em um texto;
- estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto;
- inferir o sentido de uma palavra ou expressão;
-inferir uma informação implícita em um texto;
- desenvolver interpretação, integrando o texto e o material gráfico;
- identificar o tema de um texto;
-identificar a tese de um texto;
-estabelecer relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la;
-diferenciar as partes principais das secundárias de um texto;
-identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa;
-estabelecera relação causa-consequência entre as partes e elementos de um texto;
-identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros;
-distinguir um fato da opinião relativa a esse fato;
-estabelecer relações lógico-discursivas presentes, marcadas por conjunções, advérbios, etc;
- perceber efeitos de ironia ou humor em textos variados;
-reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão;
-reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos.
Desta forma, o professor estará sempre presente no processo de leitura do aluno, caracterizando-se em algumas circunstâncias como uma “presença física” que determina para quê, o quê,quando e como se lê, através da orientação da leitura dos alunos. Poderá realizar atividades permanentes e projetos específicos de leitura, por gênero, por temas, por autores, atividades que auxiliam a ampliação do repertório textual  dos alunos. Em outros momentos, sendo uma “presença ausente”, ao selecionar o acervo e elaborar um trabalho de leitura de longo prazo, ao propiciar leitura livre do aluno e ao intercambiar estas leituras feitas.


                                          A escola como Comunidade de Leitores e Produtores de Texto

Deve ser preocupação da escola criar uma clima propício, explicitando diferentes objetivos de leitura/escrita e diferentes modos de ler/escrever. Para isto, é possível organizar modalidades pedagógicas de trabalho como:
- Projetos: além de oferecer contextos nos quais a leitura ganha sentido e aparece como uma atividade complexa cujos diversos aspectos se articulam em função da conquista de um objetivo, permitem uma organização muito flexível do tempo: dependendo do objetivo que se queira alcançar, um projeto pode ocupar somente uns dias ou desenvolver-se ao longo de vários meses.
- Sequências de atividades:  que permitem ler com os alunos diferentes exemplos de um mesmo gênero ou subgênero ( poemas, contos de aventuras, contos fantásticos); diferentes obras de um mesmo autor ou diferentes textos sobre o mesmo tema. Diferentemente dos projetos que se organizam em torno de um produto tangível, as sequências de atividades incluem situações de leitura em que ler é o único propósito explícito e compartilhado com os alunos.

O Professor como Leitor Proficiente e Modelo

O professor como leitor e modelo para o aluno está em constituição permanente, porque sua formação é um processo inacabado, dada a natureza do seu trabalho: socializar conhecimentos acumulados e contribuir para produzir outros conhecimentos. O professor é ainda mediador de leitura, porque escolhe as estratégias de abordagem e explicita as habilidades com as quais trabalha, na direção da formação do aluno. Por fim, o professor é um dos articuladores na relação componente curricular/leitura, pois é ele um dos vértices do “clima de leitura” na escola.

O Aluno como Leitor e Produtor de Texto

O trabalha com a leitura entende que o texto é multidisciplinar, por isto a formação do aluno como leitor e produtor de texto é tarefa da escola, dos vários componentes curriculares e não de um componente específico. Por exemplo: para que todo professor seja um professor de leitura, ao trabalhar um texto deve explicitar as relações entre a textualidade – tema e progressão temática, coesão, coerência, informatividade, intertextualidade – e os conceitos
 Próprios do seu componente. Assim, não se perde a especificidade de cada área do conhecimento, ao mesmo tempo que relaciona às intenções e formas de dizê-la em textos.
( Textos em Contextos: Formando Leitores – vol.I – pág.16 - SEE/CENP)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Importantíssimo divulgar!

Você sabia? Para quem gosta de ler...Alunos e Professores
Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente : ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ; escutar músicas em MP3 de alta qualidade ;ler obras de Machado de Assis ou a Divina Comédia ; ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV Escola e muito mais... Esse lugar existe ! O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site :  www.dominiopublico.gov.br
Só de literatura portuguesa são 732 obras. Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes,conhecidos e alunos a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela LEITURA.
Divulguem para o máximo de pessoas, principalmente nossos Alunos e Professores!